quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Linhas Imaginárias (mas se não existissem estaríamos perdidos) - O Equador e os Paralelos

Tarde de domingo em Macapá, capital do Estado do Amapá (extremo norte do Brasil). Os torcedores do Esporte Clube Macapá e do Trem Desportivo Clube se preparam para ir ao estádio assistir o clássico "zero grau". A movimentação na cidade é grande. Carros com bandeiras dos dois clubes circulam nas avenidas próximas ao estádio num ritmo frenético do hemisfério norte para o hemisfério sul e vice-versa. Ôpa! Do hemesfério norte para o hemisfério sul e vice-versa? Como pode isso?

Para deixar nossa história mais intrigante, após os times estarem em campo e prontos para o início do jogo, o árbitro coloca a bola no meio-de-campo, bem na linha do Equador. Ôpa! Na linha do Equador? Talvez seja um dos poucos lugares no mundo onde em uma partida de futebol os jogadores atravessam o tempo todo de um lado para o outro do planeta, ou talvez o único estádio que possui uma trave no hemisfério norte e outra no hemisfério sul. Esse é o estádio Milton Corrêa, também conhecido como Zerão. O apelido do estádio se deve ao fato de que a linha de meio-de-campo coincide exatamente com a linha do Equador. Uau!!!




Mas o que é exatamente o Equador?

O Equador é o círculo máximo (imaginário) que pode ser traçado na superfície do planeta e que divide a terra em duas porções iguais, denominadas hemisférios. A porção norte é chamada de hemisfério norte ou setentrional e a sul de hemisfério sul ou boreal. O raio é de 6.378 km, a que corresponde um perímetro de 40.075 km.



Na realidade, o Equador é o ponto inicial para o traçado de uma série de círculos menores que vão cobrir de forma imaginária toda superfície da Terra até os pólos. No total são 90 círculos para o norte e 90 círculos para o sul, sendo que a distância entre eles é de 1 grau. Esses círculos menores são demoninados Paralelos. Entre os mais conhecidos, podemos destacar os Trópicos de Câncer (HN) e Capricórnio (HS) e os Círculos Polares Ártico (HN) e Antártico (HS).



No Brasil, a linha do Equador passa pela Região Norte e uma das cidades cortadas é Macapá, a capital do Amapá, lá onde está o Zerão". Poucos, como os macapaenses, tem o privilégio de almoçar no hemisfério sul e jantar no hemisfério norte, estudar no hemisfério sul e morar no hemisfério norte, estar com um pé de cada lado do planeta.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Orientação - Você sabe se deslocar pelo espaço terrestre?

Hoje quando saímos para o trabalho ou para passear, chegar ao destino se tornou uma missão muito fácil de ser executada. Placas de trânsito, pontos de referência, gps, google maps e outras ferramentas tornaram o deslocamento do homem pelo espaço terrestre uma coisa tão comum que não nos encomadamos em estar perdidos em algum lugar pois a solução do problema pode estar no seu bolso, caso você não equeça o telefone celular em casa.

Vamos voltar ao nosso passado remoto. Imagine o homem primitivo tendo que se deslocar a procura de alimentos. Como ele se virava? Não se virava. Ele andava, andava e andava. Só quando ele se torna sedentário percebe que para sair de sua caverna era necesário muita atenção para que depois das atividades diurnas pudesse retornar ao lar.

O sol deve ter sido o seu primeiro aliado. Ao ver o movimento aparente do astro rei, ele pode perceber que a posição do nascente era quase constante, o que acontecia também ao se pôr. Agora ele poderia se deslocar levando em consideração essas posições, o problema estaria nos dias nublados, mas que gostaria de sair de casa em dia assim?

A partir daí, quase tudo que estava no céu poderia servir como referência. Assim estabeleceu-se que, em relação ao sol, os pontos de orientação teriam a seguinte nomeclatura: o leste (onde o sol nasce) e o oeste (onde o sol se põe). Para estabelecer os pontos intermediários foi introduzido o método da mão direita, que apontada para o leste e a esquerda para o oeste, o que se via à frente estava no norte e o que ficava para traz estava na direção sul.



Mais fácil ficou quando os chineses inventaram a bússola. Esse instrumento foi de tão grande importância que até hoje as aeronaves mais sofisticadas não o dispensam em seus cibernéticos painéis de controle.




No século XV, quando os navegadores europeus se aventuraram pelos oceanos, não esqueceram de olhar constantemente para o céu. A rota de suas embarcações dependiam da direção que as estrelas apontavam quando projetadas na superfície do planeta. Que tarefa difícil... Porém, a maioria chegava sempre ao seu destino. Uma das constelações que servem como ponto de orientação para os habitantes do hemisfério sul é a do Cruzeiro do Sul. A última estrela da cruz, quando prolongada até a superfície, aponta para a direção sul.






Que tal exercitar um pouco a sua percepção? Será que você consegue encontrar os pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste) utilizando essas ferramentas rudimentares? Tente, mas não se perca por aí!